SEM SELFIE - Luiz Gilberto de Barros - Luiz Poeta.

Aquele riso que se ri, sem ter vontade,

Na multidão... que nunca tem primeiro plano,

E que se perde na própria efemeridade

De um registro que retrata o desengano...

Aquele riso sem selfie, que se recorta,

Onde se nota uma falsa alegria,

Por ironia, sempre abre alguma porta

Inusitada para a estrada da Poesia.

Todo poeta se inspira no que vem

À sua mente e que ainda faça bem

Ao seu momento de fazer da inspiração

Uma semente inesperada, que ao brotar

Faça da lágrima que exista em seu olhar,

Um riso franco inundando um coração.

Às 8h e 41 min do dia 28 de dezembro de 2020 do Rio de Janeiro - Barra da Tijuca. Registrado no Recanto das Letras.

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