Soneto á dor do amor, em mim
Quando no silêncio, saliente,
Reclamo em mim, tua voz amada,
Minh’alma, em fundos suspiros enroscada,
Chora tua ausência, tristemente
Em mim guardo, por temor, omitido,
Dor, de tão forte paixão,
Que sinto meu corpo entorpecido,
Dobrado pela própria exaustão
Inundo meu olhar em lágrima, rara,
E vejo meu coração enfraquecido,
Por albergar em si amor escondido
Possa eu aquietar mágoas, que o amor já superara,
Apregoando alto tão grande amor,
Enaltecendo-o, com inútil temor
Fátima Rodrigues