lavapés novamente
eu me ajoelho e agradeço
primeiro à pedra que vive
no estado além da morte
depois à árvore dormindo
enquanto bebe a luz depois
ao bicho que sonha e se move
entre sussurros e lampejos e então
a todos que servem e hesitam
entre a luz e a sombra
entre o real na penumbra
e a escuridão que salva
até a definitiva aurora onde
a alma acorda e se abre
e o espírito acende a estrada