soneto da eterna janela
sempre serão janelas
da praia distante à praia
próxima e também telhados
o sino o áspero resgate
o eclipse do horizonte
entre árvores e pássaros
e então antenas e o cume
do que foi babilônia babel
e hoje é só lembrança
gaiola de busíris onde
o mestre nasce onde
o mestre morre e a serpente
é derrotada e a estrela desce
na janela que se torna porta