Soneto de ventos bóreos
 
Quando o amor sem despedir-se foi embora,
Desaparecendo para sempre da minha vida.
Abriu-se um fosso sob meus pés naquela hora
E a minha mente não registrou sua partida.
 
Todo o meu corpo arrepiou-se ao vento frio.
E o meu coração quase parou sua pulsação.
Senti nos ossos e na minha alma o calafrio.
Pois, o medo insano embotou minha razão.

 
E quando esse medo me adoece e paralisa.
Não sei se fico no meu canto ou se evaporo,
Chorando em versos o que no peito agoniza.
 
Que me congelem, ventos bóreos, eu imploro!
Transformem em gelo o sangue dessa poetisa.
E em geada as tristes lágrimas que eu choro!
 
Adriribeiro/@adri.poesias
 



 
Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 06/12/2020
Reeditado em 03/02/2021
Código do texto: T7129150
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