Soneto de ventos bóreos
Quando o amor sem despedir-se foi embora,
Desaparecendo para sempre da minha vida.
Abriu-se um fosso sob meus pés naquela hora
E a minha mente não registrou sua partida.
Todo o meu corpo arrepiou-se ao vento frio.
E o meu coração quase parou sua pulsação.
Senti nos ossos e na minha alma o calafrio.
Pois, o medo insano embotou minha razão.
E quando esse medo me adoece e paralisa.
Não sei se fico no meu canto ou se evaporo,
Chorando em versos o que no peito agoniza.
Que me congelem, ventos bóreos, eu imploro!
Transformem em gelo o sangue dessa poetisa.
E em geada as tristes lágrimas que eu choro!
Adriribeiro/@adri.poesias