A megera do espelho
Num dia de muita tristeza,
Invoquei a deusa Megera.
Pedi-lhe que com presteza.
Criasse uma vil quimera.
Um monstro cuja cabeça,
Ignorasse qualquer razão.
À minha ordem obedeça.
Sem muita protelação.
Uma Fúria intempestiva.
De coração duro e perverso.
Bem ciumenta e vingativa.
Terminei essa invocação.
E olhei o reflexo do espelho.
Eis a minha maldição.
Adriribeiro/@adri.poesias