A megera do espelho

Num dia de muita tristeza,
Invoquei a deusa Megera.
Pedi-lhe que com presteza.
Criasse uma vil quimera.

Um monstro cuja cabeça,
Ignorasse qualquer razão.
À minha ordem obedeça.
Sem muita protelação.

Uma Fúria intempestiva.
De coração duro e perverso.
Bem ciumenta e vingativa.

Terminei essa invocação.
E olhei o reflexo do espelho.
Eis a minha maldição.

Adriribeiro/@adri.poesias


 

 
Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 03/12/2020
Reeditado em 17/12/2020
Código do texto: T7127030
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