Pantanal em chamas
Edir Pina de Barros
Chegou setembro, o tempo está cinzento,
e tudo está pesado, poluído,
queimou-se todo fruto não colhido,
o fogo corre forte, sopra o vento.
Desesperado, sem qualquer alento,
o jacaré está no chão, ferido,
as maritacas fazem alarido,
o sol tristonho cai, sem luz, sangrento.
E tudo vai queimando, e a natureza
contorce, em chamas, morre a bicharada,
deixando, atrás de si, demais tristeza.
Fuligem, cinzas! Tudo é tão brutal,
Intensa é a dor, enfim, restou o nada,
pois tudo se queimou no Pantanal.
Edir Pina de Barros
Chegou setembro, o tempo está cinzento,
e tudo está pesado, poluído,
queimou-se todo fruto não colhido,
o fogo corre forte, sopra o vento.
Desesperado, sem qualquer alento,
o jacaré está no chão, ferido,
as maritacas fazem alarido,
o sol tristonho cai, sem luz, sangrento.
E tudo vai queimando, e a natureza
contorce, em chamas, morre a bicharada,
deixando, atrás de si, demais tristeza.
Fuligem, cinzas! Tudo é tão brutal,
Intensa é a dor, enfim, restou o nada,
pois tudo se queimou no Pantanal.