CERTIFICADO

A velhice é um treco, dor e cansaço

O dia é um balanço, no vai e vem

o que resta, o mínimo que se tem

Se faço, com a dificuldade abraço

Devagar e no compasso, tudo bem

Se vou além? ... pergunte ao passo

Pois, da vagarosidade sou refém

No próprio eu não tenho espaço

Tudo me cansa, comove, maça

Se rio, o choro faz igualmente

E o tempo parece uma ameaça

Já, a própria inércia é ausente

Quase sempre sou sem graça

O reflexo não reconhece a gente!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

06/09/2020, 15’15” – Triângulo Mineiro

Vídeo, Canal no YouTube:

https://youtu.be/_GGvEY7HbaA

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 06/09/2020
Código do texto: T7056313
Classificação de conteúdo: seguro