“Ignoramus et Ignorabimus”

Quanta ilusão! O amor ver-se objetivo

e alheio ao brado do coração fagueiro

duma paixão, e do anseio prisioneiro

compondo, que assim, será definitivo

Dizem que amor é amor, se for vivo

a quem o chama de valor verdadeiro

livre, solto das amarras dum cativeiro

se esquecendo que dele se é cativo

Se o amor é sempre amor: - amado!

tê-lo é também agridoce no enredo

sem tirania, amar, deve ser desejado

Se é sempre o mesmo falso segredo

no início, perfeito, e tão imaculado

porque então não o haver no medo?

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2020, setembro, 03 – Triângulo Mineiro

Vídeo, Canal do YouTube:

https://youtu.be/AutsFBRCT9M

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 03/09/2020
Reeditado em 03/09/2020
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