ALVO

Pra onde houveres, sonho, pra onde fores

Irei também, suspirando a mesma utopia

Para amenizar o penoso logro, a fantasia

E, sossegar a quimera de suas mil dores

Que triste, a emoção sem as dadas flores

E eu tão sem agrado e o ser sem alegria

Sonhando sem inspirar a romântica poesia

Pesadelos molestando e fazendo horrores

Golpeou-me a direção? Que sorte sombria

Nas escarpadas faces dos postiços amores

De assim magoar-me sem que amor havia

Seria a mão do azar, então me tocando?

Se sou sonhador, e o amor com valores

Não o ter, nefasto eu, Deus! até quando?

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

25/08/2020, 10’36” – Triângulo Mineiro

Vídeo, Canal no YouTube:

https://youtu.be/ZM9hI4to-0s

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 25/08/2020
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