A MORTE DAS VIOLETAS (soneto)

No vaso floreado de variada cor

De suave frescor e delicada trama

Cheias de viço e aveludada rama

Desabrocham as violetas em flor

Pouco estar, e de fugaz esplendor

No seu breve e infortunado drama

Enlanguescida, ela, curva e acama

Tal aos pés da sofrência a fatal dor

E vai perdendo o regalo a violeta

Aos amuos do tempo, ali funesto

Num despojo final, e última reta

E, desbotada e então tombada

Épica, em um derradeiro gesto

Mortal, a violeta se vê imolada

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

02 de agosto, 2016 – Triângulo Mineiro

Vídeo, Canal no YouTube:

https://youtu.be/SnAJep8z_yA

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 02/08/2020
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