DESENCANTO (soneto)

Muitas vezes trovei os amores idos

Chorando o desalento e desventura

No engano, numa lira feroz e impura

De infelicidade, o vazio dos sentidos

E nesses instantes sofridos, convertidos

Cada lágrima escrita era de amargura

Com rimas sem resolução e tão escura

Soando a alma com cânticos gemidos

E se tentava acalmar com justificação

Mais saudoso ficava o árduo coração

Que se enganava querendo encanto

E, sussurrando, num afiado suspiro

Os versos que feriam, tal um tiro

O amor, eclodiam do desencanto

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

30/07/2020 – Triângulo Mineiro

Vídeo, Canal no YouTube:

https://youtu.be/41j8i8R42eE

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 31/07/2020
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