Espaço (soneto)

Tragando a vastidão do cerrado profundo

A solidão num canto, a saudade devassa

Saudade do afeto que no peito arregaça

E que vagueia na dor, lamentoso mundo

E na esteira sem fim da tristura sem graça

Ei-la embalada na sofregdão de moribundo

Recostado no abismo sepulcral sem fundo

Do pesar, e encruado suspiro que não passa

Poeto. Me elevo em busca de um conforto

Vou pelo estro de encontro a outro porto

Pra aurorear a sensação com cheiro de flor

E nesta emoção que se tornou um lastro

No vazio. Cheio de pranto no árduo rastro

Cato a poesia para abrir espaço pro amor...

© Luciano Spagnol -poeta do cerrado

19/07/2020, 15’10” - Triângulo Mineiro

Vídeo, Canal no YouTube:

https://youtu.be/WhGZDtoyF4k

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 19/07/2020
Reeditado em 20/07/2020
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