Despedida
Olhar vazio, pálido sorriso
no lívido semblante esvanecido,
o gesto de carinho interrompido,
no derradeiro aceno, tão conciso.
E na marmórea cútis o impreciso
e róseo tom pastel, sem luz, sentido,
no corpo enregelado, combalido,
a marca de um adeus, extremo aviso.
Na soturnez do instante, tão sozinho,
os olhos baços, corpo em desalinho,
alçou, enfim, o voo irreversível.
O que fazer se a alma-passarinho
um dia voa e vai fazer o ninho
na intimidade morna do invisível?
Edir Pina de Barros
Brasília, 29 de Junho de 2.020.
Olhar vazio, pálido sorriso
no lívido semblante esvanecido,
o gesto de carinho interrompido,
no derradeiro aceno, tão conciso.
E na marmórea cútis o impreciso
e róseo tom pastel, sem luz, sentido,
no corpo enregelado, combalido,
a marca de um adeus, extremo aviso.
Na soturnez do instante, tão sozinho,
os olhos baços, corpo em desalinho,
alçou, enfim, o voo irreversível.
O que fazer se a alma-passarinho
um dia voa e vai fazer o ninho
na intimidade morna do invisível?
Edir Pina de Barros
Brasília, 29 de Junho de 2.020.