Saudade (rimas toantes)
 
Saudade, amiga e companheira certa,
Falar-lhe venho do caminho estreito
no qual eu passo a carregar no seio
angústia e dor, recordação, quimera.
 
Do mar, da rocha, da montanha ou seixo,
Carrego, em mim, a solidão eterna,
Nos dias meus a nostalgia impera,
Nos lábios trago o derradeiro beijo.
 
Senhora minha, humildemente rogo,
Comigo venha, necessito colo,
Estou exausta, a contemplar a lua.
 
Sigamos, juntas, tortuosa estrada,
Cumprindo, assim, a inelutável saga
de andar ao léu, a padecer, sem cura.
 
Edir Pina de Barros
 
Brasília, Julho de 2.020.
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 11/07/2020
Reeditado em 17/07/2020
Código do texto: T7003221
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