FIADO (soneto)

Espiando na janela, a sorte vai em bando

E as nuvens levedando o pensamento

E pelo vento a rapidez vai multiplicando

E a poesia urdindo o vário sentimento:

Pranteio, rio, apresso, acalmo.... Ando

Descanso, me cubro, e fico ao relento

Assim, cada tento, tento sem mando

Neste lugar secreto, óbice e fomento

Apressa-te, sonho, amanhã é seguinte

Um novelo em turbilhão e de requinte

Pois, o que mais importa é estar amado

Não te fies da dor nem da arrogância

O destino tem a sua real importância

E a vida, não, e nunca negocia fiado!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

10/07/2020, 07’29” – Triângulo Mineiro

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/KOVhcoWMDEY

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 10/07/2020
Reeditado em 10/07/2020
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