UM AMOR CERRADO (soneto)

Cala-se o triste olhar. Anina o sentimento

E a deslizar pelo rosto mudo, a dor vencida

No exilio tão áspero dum vazio sentimento

Em uma lágrima de choro e de cor abatida

O horizonte se põe, nublado, suspira o vento

Algente, as sensações estão assim de partida

Pura! Frutificando na paz o ardente sofrimento

E a alma incrédula, ainda, não está convencida

Das gotas do pranto, abrasador as lembranças

E pela saudade a sofrência em estreitas tranças

Amarra o peito, apouca, e pelo clamor escorre

E sob o pesar tão cavado e magro, que tortura

Do sonho e as privações dos planos, - fulgura,

A dor, do derradeiro amor que cerra. E morre.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

06/07/2020, 06’45” – Triângulo Mineiro

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/9W7s31gVL0c

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 06/07/2020
Reeditado em 06/07/2020
Código do texto: T6997637
Classificação de conteúdo: seguro