O Seresteiro
Todos os dias ela vem à praça.
Eu não sei bem o que ela vem fazer.
Só sei que venho pela sua graça
porque de vê-la já me dá prazer.
Venho dizer que eu a desejo tanto,
mas quando a vejo falta-me coragem
porque eu a vejo a sobrar de encantos
qual brisa mansa a soprar ramagem.
Vou no balanço do seu corpo lindo.
Nela percorro quase o mundo inteiro
só no caminho que ela vai seguindo.
Como seu fosse seu amor primeiro,
quisera que ela me viesse rindo...
Mas eu não passo do seu seresteiro.
Todos os dias ela vem à praça.
Eu não sei bem o que ela vem fazer.
Só sei que venho pela sua graça
porque de vê-la já me dá prazer.
Venho dizer que eu a desejo tanto,
mas quando a vejo falta-me coragem
porque eu a vejo a sobrar de encantos
qual brisa mansa a soprar ramagem.
Vou no balanço do seu corpo lindo.
Nela percorro quase o mundo inteiro
só no caminho que ela vai seguindo.
Como seu fosse seu amor primeiro,
quisera que ela me viesse rindo...
Mas eu não passo do seu seresteiro.