BARCOS DE PAPEL (soneto)

Na chuva da temporada, pela calçada

A enxurrada era um rio, e o meio fio

O teu leito, com barragem e desafio

Na ingênua diversão da meninada

Bons tempos felizes, farra, mais nada

Ah! Os barcos de papel, inventivo feitio

Cada qual com um sonho e um tal brio

Navegando sem destino, a sua armada

Chuva e vento, aventura e os barquinhos

Tal qual a fado nos mostra os caminhos

E a traçada quimera no destino velejada

Barcos de papel, ah ideais, são poesias

Que nos conduzem nas cheias dos dias

No vem e vai, no balanço, da jornada...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

27/06/2020, 11’05” – Triângulo Mineiro

Vídeo no Canal do YouTube:

https://youtu.be/T268C7H4jLU

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 27/06/2020
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