SONETO D’ALVA

Ao luzir d’Alva, vejo o céu do Triângulo Mineiro

Num raiar tingido, diverso, e cheio de feitiços

No entreabrir do cerrado em encantos noviços

Ai! que rico cenário! ai! que cenário faceiro!

Ao lusco fusco os pintalgados em reboliços

Na mangabeira, no ipê, no jatobá e coqueiro

Mesclando o espírito do sertão por inteiro

Ai que afáveis viços! ai! que afáveis viços!

Abarroto de encanto, olhos cheios d’água

Ai que diversa aurora! ai! diversa aurora!

Em suspiros, no fascínio dissipo a mágoa

O dia raiando, numa mais que perfeita hora

Raios de sol doirando e invadindo a purágua

Fulgindo a imaginação na madrugada sonora

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Sertão da Farinha Podre

Triângulo Mineiro, 09 de junho, 2020

Olavobilaquiando

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 09/06/2020
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