SOLIDÃO INQUIETA

Inquieto no peito os soluços e os gritos

Do silêncio que rege uma tal despedida

Há choro, lamento, e tarares contritos

Para, infeliz, galgar o prosseguir da vida

Teu cheiro, nos meus dias viraram ritos

O meu capricho está sempre de partida

E os meus ineditismos estão proscritos

Sem tu, o coração é uma imensa ferida

Mas tua alma ficou, tatuada na poesia

E assim os sonhos confidencias pra lua

Das noites de devaneios, amor e magia

E nas trovas de solidão inquieta e nua

O poetar é de dor em forma de agonia

De quem vagueia despovoado pela rua

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

07 de junho de 2020, Triângulo Mineiro

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Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 07/06/2020
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