SEPARADO (soneto)

À saudade que sofre, em segredo

De ti, no exilio o peito a suspirar

Palavras sem sentido e enredo

Chora, e faz o poema lacrimejar

Com que estro e aperto azedo

Amargam os versos a lamentar

Causando nas rimas tal medo

Que fende com a dor a rasgar

Nem só desejo poetar o amor

Desejo, nem só canto de amar

Me basta, trovas do teu beijo

Assim, poder ter conto rimador

E as estrofes do seu doce olhar

Na esquina da poesia, almejo...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

03/06/2020 – Triângulo Mineiro, MG

Sertão da Farinha Podre

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 03/06/2020
Reeditado em 03/06/2020
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