NUMA TARDE

NUMA TARDE

Dentro do crepúsculo no horizonte

Do entardecer do cerrado luminoso

No céu espalha o devaneio ramoso

Encanto peculiar, e plural viva fonte

Entrelaça-se, nas cores, em monte

Em um sintoma mágico e viçoso

Se vestindo de um atrativo fogoso

Corando o ar no dia em desmonte

O silêncio da tarde corre fugidio

As pombas gorjeiam no beiral

E o sol empalidece num arrepio

É a noite saindo do véu virginal

E o vento em um afiado assobio

Poetando um entardecer casual...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Numa tarde, 2020

Sertão da Farinha Podre, Triângulo Mineiro

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 01/06/2020
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