Releitura

Sem ter significado para o materialista,

Corre o dia e segue a poesia, iluminada,

Por faíscas do universo, o poeta é avalista,

Da consequência dessa notícia condensada.

E à insólita peculiaridade, faz-se cronista,

Alerta da sua conduta, estudada e repassada,

É posta à teste, e põe-se o poeta como artista,

Salientando a robustez ímpar da madrugada.

Debate, assim mesmo, a sensação calculista,

Da serventia que faz a mão fria e enrugada,

E a sonolência que vem depois que rabisca.

Suas palavras, segredo e preceito humano,

Divulgadas sem orgulho individualista...

Relê os versos e regozija por mais um ano.

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 23/05/2020
Reeditado em 05/05/2022
Código do texto: T6956126
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