Releitura
Sem ter significado para o materialista,
Corre o dia e segue a poesia, iluminada,
Por faíscas do universo, o poeta é avalista,
Da consequência dessa notícia condensada.
E à insólita peculiaridade, faz-se cronista,
Alerta da sua conduta, estudada e repassada,
É posta à teste, e põe-se o poeta como artista,
Salientando a robustez ímpar da madrugada.
Debate, assim mesmo, a sensação calculista,
Da serventia que faz a mão fria e enrugada,
E a sonolência que vem depois que rabisca.
Suas palavras, segredo e preceito humano,
Divulgadas sem orgulho individualista...
Relê os versos e regozija por mais um ano.