Amor que Escoa
Céreo o rosto, como entalhado sem modelo,
No fictício pensar de quem quer fazer aquilo,
Que é encargo, límpido senso, clamor e apelo,
Confuzido, cerne, do ventre isento e tranquilo.
Tal que a cada vestígio caracteriza seu zelo,
Não fracassa, não almeja refúgio, nem asilo,
Ou amparo no feito, logo que criar já é o belo,
Pois o pretérito instruiu a potência e o brilho.
Assim, natureza, com o que cedestes, trinco o elo,
E o preferível exerço, educando um ou mais filhos,
O que tenho ao seio, até bem melhor do amarelo,
Que carreguei de viagem, há em fartura e quilos,
Hortaliças, coentros, frutas, flores, porção de farelo,
Nessa terra firme e fértil, semear-la-ei para nutri-los.