Abrigo

Na ambiência que se oscila e alto grita,

urram os trovões no peito sereno da mata,

fluidos que despejam... pura e bendita,

é a existência, abrigo... ao que sou grata.

Clarões rumorosos que lesionam o espaço,

elucidam o taciturno e escuro silêncio da rua,

dimensão de um cruciante paço.

em algum lugar brincava sob o brilho da lua.

Chuviscos, garoas, correntes de águas,

banhando a lamúria do choro na face,

tranquila, enrugada, do sujeito solitário.

Sofre e reprime a manilha de mágoas,

faísca de um devaneio que lhe renasce,

ao aterrizar e admirar sobre o seu santuário.

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 06/05/2020
Código do texto: T6939067
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