Abrigo
Na ambiência que se oscila e alto grita,
urram os trovões no peito sereno da mata,
fluidos que despejam... pura e bendita,
é a existência, abrigo... ao que sou grata.
Clarões rumorosos que lesionam o espaço,
elucidam o taciturno e escuro silêncio da rua,
dimensão de um cruciante paço.
em algum lugar brincava sob o brilho da lua.
Chuviscos, garoas, correntes de águas,
banhando a lamúria do choro na face,
tranquila, enrugada, do sujeito solitário.
Sofre e reprime a manilha de mágoas,
faísca de um devaneio que lhe renasce,
ao aterrizar e admirar sobre o seu santuário.