COVID (soneto)

Madrugada. Silêncio. A agonia

A treva no aflito recolhimento

A ânsia dum outro momento

Sacode a quietude da poesia

Deveras outro sentimento

Numa contaminação do dia

E então outro tempo teria

Nova era, novo nascimento

A voz de Deus Pai grita

E a das almas responde

Nesta labareda infinita

No peito o medo esconde

Num ruído saído da escrita

Dispersos, filhos de Eva... pra onde?

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Maio, 2020- Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 05/05/2020
Reeditado em 05/05/2020
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