TACHO (soneto)

Quantos doces em alquimia

Colher de pau, a calda densa

A ferver, compotas na dispensa

O tacho em sua eterna poesia

Queima a lenha, ferve a água fria

Nas labaredas estórias pedem licença

E nós sabores, só tu faz a diferença

Das caldas, doces, deleitosa iguaria

Os açucarados da infância, delicia

O tacho ora quente, ora esfriando

Se espirrando, não foi de malicia

É sua natureza, da receita, mando

Mexe, remexe, expectativa, perícia

No fogão de lenha ele é comando...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

01 de maio de 2020 – Triângulo Mineiro

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 01/05/2020
Reeditado em 01/05/2020
Código do texto: T6934004
Classificação de conteúdo: seguro