AMOR DE POETA (soneto)

De um lado, o sentimento, do outro lado

O fado, pelado, cru, desnudo de fantasia

O sonho no beiral do lampejo debruçado

Na alva, na lua, e no entardecer do dia

Se fala de afetos, lasso fica o seu agrado

É que a paixão o cega, e o pranto o guia

Nas sofrências que tatuam o seu passado

Cada verso dilacerado, senhora a poesia

Intenso. Emoção vaza em cada trova sua

Sem defesa, intacta, e de total entrega

Do silêncio, a ternura no estro profundo

Em frente as sensações, a tua alma nua

Onde a mais ingênua imaginação navega

O árduo amor, dos Poetas deste mundo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

01/04/2020, 07’12” - Cerrado goiano

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/rm2H0e4DYsI

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 01/04/2020
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