ABANDONO (soneto)

Silêncio mudo, rente ao meu lado

Como uma melancolia a sussurrar

Há cem mil sensações a me olhar

E o pensamento vagando isolado

Tanto abraço desesperado, atado

Na imensidão do tempo sem lugar

E inspiração rútila a me abandonar

Todos os dias aqui no árido cerrado

É a solidão, cega, áspera e tão fria

E a nossa vida ficando mais breve

E as nossas mãos sem afável valia

A hora passa, e cobra a quem deve

São as horas que sentencia a poesia

O efêmero, tal a rapidez descreve...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

30 de março de 2020 - Cerrado goiano

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/wmEY2TACqNE

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 31/03/2020
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