EM CONFISSÃO (soneto)

Meu amor, minha paixão (dor e o contento)

Meu fado azarão, dedo turvo na predileção

O meu devaneio vestido, e desnudo o alento

Quanto o vulgo, sentimento, pura desilusão

Santo confessor! Ao meu flagelo fique atento

Sabeis tudo, tudo.... - dos segredos do coração

Meus lamentos, em vão, desastrado juramento

Nas juras, ao luar, evolou só insensata emoção

Um cativo na noite infinita, ó noite tão infinda

Sabeis que sem afeto o mundo é uma mentira

E que rude é a lágrima que escorre tão sofrida

Eis o meu amor, quebrável, em súplicas ainda

Santo confessor! Deste desventurado caipira

Quem pode detê-lo sem pô-lo de partida? ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

28/03/2020, 23’13” – Cerrado goiano

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/HNruLFaIj3U

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 28/03/2020
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