REALIDADE (SONETO)

A dor foi longe demais, para voltar

Nos canteiros onde havia só flores

Hoje a erva daninha tomou o lugar

O que era voz prazerosa, há dores

Em nós, vazio ficou o falante olhar

Aos antigos sensos, outros amores

E na saudade do amor, um silenciar

Com os esboços com outras cores

Valores? Há um, a doce lembrança

Que ficou no outrora, ali a de estar

Uma vez já bailada, outra a seresta

Quebramos tudo, toda a esperança

O que era para ser, se perdeu no ar

E a poesia dedicada, não mais nesta!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

26/03/2020, 12’07” – Cerrado goiano

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/CbohotM7wtg

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 27/03/2020
Código do texto: T6898392
Classificação de conteúdo: seguro