SEM JURA (soneto)

Nesse poetar sofrido e atado

Refúgio da minha desventura

Usando o trovar como mísula

Nada consola ou é consolado

A dor doída é sem o agrado

E o coração sem ter ternura

É um verso com amargura

E que no peito é mastigado

A voz da falta, nele falando

Reluz com sofrer em gritos

E que na saudade murmura

E, porque ficar blasfemando

Então, com os versos aflitos

Se já não mais existe, jura!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

22/03/2020, 12’23” - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/IhP7uJWaNG8

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 22/03/2020
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