ÔNUS (soneto)

Tantas vezes, chorei, no infinito da emoção

Solto no silêncio áspero da pesada saudade

E em soluços os sonhos caíram na solidão

Tonto, vazio, e o pensamento pela metade

Sem ti, a alma voa num espaço de ilusão

A noite... atordoa sem a menor afinidade

E os dias me parecem não mais ter chão

A imensidão dobra para uma eternidade

Para cada verso da inspiração parda, dor

O meu universo cheio de pesar e de breu

E o coração já não mais trova com ardor

Tudo é rumor no ávido afeto que foi seu

Confesso... - que não mais está ao dispor!

Deste amor... - levo somente o que é meu...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

21 de março de 2020 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

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Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/Rk8xG6E15BU

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 22/03/2020
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