EMOÇÃO VAZIA (soneto)

Solitária, no silêncio do cerrado, um dia

A inspiração, acorda em um aflito apelo

Sente o falto e o logro num só pesadelo

E sua trova no nada suspirava e restrugia

Torvo o sentimento, tal qual um novelo

Sentiu, que palavras ali não mais havia

E que a sua devoção estava despida e fria

A paz e o acaso sem voz, o senso um gelo

Era o vão, a eversão do caos no ceticismo

Do amor, em um desapego tão profundo

A sensação estava largada em um abismo

E no talvez de um poetar com harmonia

Teve poema trapilho, pobre e moribundo

E o revés em maldição da emoção vazia!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

19/03/2026, 06'56" - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/M41qnbXvjMY

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 19/03/2020
Código do texto: T6891346
Classificação de conteúdo: seguro