CREPÚSCULO (soneto)

Vê-se no silêncio, e vê, pela janela

O cerrado, eclodindo pra vespertina

Melancólico, perece o sol, e mofina

Outro fim de tarde, e a noite vela...

E ai! termina mais um dia, e revela

As horas, que a viveza se amotina

De sua rapidez, pérfida e assassina

Tão sem troco... - um atributo dela!

A melancolia no horizonte, é saudade

As sobras das lembranças, é desgosto

E o que se resta agora é outra idade...

Olhos rasos d’água narram o sol posto

Lúrido, duma emoção em calamidade

- de o crepúsculo do tempo no rosto!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

17/03/2026, 17'00" - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/RfjerIkr5I4

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 18/03/2020
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