REGÊNCIA (soneto)

Como quisesse poeta ser, delirando

As poesias de amor, nas rimas afora

O beijo, o abraço que o desejo cora

A solidão assediou e trovou nefando

Vazios estros, de voo sem comando

Sombrios, que no papel assim espora

Os versos, sangrando e uivando, chora

Implora, num rimar sem ser brando...

Estranho lampejo, assim compungido

Que dói o peito, sem nenhum carinho

Quando a prosa era para ser de paixão

Então, neste turbilhão me vejo perdido

Onde o prazer se faz tão pequenininho

Vão... e a desilusão é quem regi a mão!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

10 de março de 2020 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/31BAfYFU9po

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 13/03/2020
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