VOZ DO SILÊNCIO (soneto)

Nessa solidão rumorosa e calada

A voz do silêncio na alma refugia

Grita, brada, em tom de zombaria

Que endoidece a doçura por nada

E quando a inquietude desvairada

Numa noite escura, na sua ousadia

Embebendo o coração de fantasia

Fazendo a madrugada embalsamada

E a voz do silêncio, insiste falando

Tal a uma ópera buffa e de agonia

Em um concerto dos vis rumores...

Canta e conta assim blasfemando

Ao juízo sereno em tons de valia

E ao repouso avivados amargores...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

05 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/2ePQR1lzVVA

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 05/03/2020
Código do texto: T6880893
Classificação de conteúdo: seguro