TROVANDO COM ESPINHOS (soneto)

Sofrência sem tempo, dor com agonia

Que suspira e sufoca a emoção no peito

Que cala mais do que a solidão queria

E com tanto aperto ainda não satisfeito

Amor, que a boa sorte assim repudia

Em uma ação de azar e sem proveito

E tanto... sorriso para a cruel arrelia

Fica inacabado, ficando imperfeito...

Poema, sem sintonia, que consome

Musicando das mágoas só lamento!

Cego sempre o poetar que desanimas!

E eu tenha sempre, paixão: - com fome

O coração, gelado no cálido sentimento

Com espinhos trovando as áridas rimas.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

25 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/2OUi4ohf5Rg

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 25/02/2020
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