NOITE AFORA (soneto)

Como a secura no cerrado, sombria

A saudade, arde no peito desolado

Que dói, corrói, num olhar maculado

De agonia, e sentimento em romaria

Tão horrenda é a ausência de alegria

A luz do dia, neste silêncio privado

Ecoa em brado, no coração fechado

Causando ilusão enganosa e fantasia

Assim, entre as tristuras, essa poesia

De canção queixosa, chora e tão cheia

De espera, na insônia pela noite afora

Palpita melancolia, repleta de ousadia

Na lembrança que devasta, incendeia

Equivocando o sono, perdido na hora

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

20/02/2020, 04’52” - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/iG33w5mfDPk

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 20/02/2020
Reeditado em 20/02/2020
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