VELÓRIO (soneto)

Penso às vezes na minha morte, os tutores

Se dela estarei dormindo no meu cansaço

Penso nas instalações do eterno regaço

E se com dores choraram as dadas flores...

Penso no quão terei pêsames sofredores

Ou não. E se olhares ecoaram pelo espaço

Laços de adeus, ou simplesmente passo

Sem rezas, de quem perdeu seus valores

Penso se serei um dissabor, no que fiz

Me diz: ó Deus, nestes vacilos dispersos

Se vou deixar saudades, se assim condiz!

Penso nas conversas, os causos imersos

Se ali estarei descontente ou então feliz

Digo: a quem possa saber... - fui diversos.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

18/02/2020 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/IM9fhKWT46Q

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 18/02/2020
Reeditado em 18/02/2020
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