FALEI (soneto)

Falei tanto de dor!... de sofrência

Ilusão e solidão. O tempo e bagaça

Ou os amores, que vem e que passa

No trovar em que veio de aparência

Falei tanto de má sorte, vil desgraça

Chorei no suplício, de áspera essência

Fechei o horizonte para a existência

E, vi o tempo, passar pela vidraça...

Não pude olhar nos olhos. Sozinho

Blasfemava! e ainda tenho infernais

Conflitos, em querer apenas carinho

Quando sofro, sofro por demais

No silêncio. Ali me calo e definho

Infeliz poesia... não poeto mais!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Fevereiro de 2020 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/tywulwGKjlQ

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 18/02/2020
Reeditado em 15/03/2020
Código do texto: T6868706
Classificação de conteúdo: seguro