OUSADIA (soneto)

Longe do poetar o amor, a alma nua

A solidão escreve! Um silêncio cego

Do claustro, em um vazio e no ofego

Insiste e teima, sofre e tudo continua

Mas o velho coração na dor entrego

Na esperança que o pesar construa

Prática. E não a uma desilusão crua

Largue o querer, em um aconchego

De tal modo, que o viver no suplico

Então chore, grite, e assim agrade

A ilusão. E então valha o sacrifício

Porque a pureza, barda da liberdade

Da arte casta, nunca usa de artifício

Pra amar com leveza e simplicidade

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

11 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/iNkMQBr9Eu4

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 11/02/2020
Código do texto: T6863394
Classificação de conteúdo: seguro