SURGIR O DIA (soneto)

Tinge-me o horizonte do cerrado... Agora

Rubro, no céu azul, num fascínio profundo

De fogo, tinge as nuvens em um segundo

Nesta encenação, exibe, o raiar da aurora

A madrugada, crespa, num ato facundo

Poetando o sertão, e, pelo sertão afora

Solta o véu do dia, numa lindeza sonora

Revelando as curvas do cerrado ao fundo

Mas antes busca a magia com que pinta

Com o colorido diverso de tal grandeza

Usando a quimera como abrasadora tinta

Eclode, deixando a melancolia e a mágoa

Aos pés da noite, cobrindo de luz e beleza

E pondo pasmo os meus olhos rasos d’água

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

03 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/UsxUnp65MRA

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 03/02/2020
Reeditado em 03/02/2020
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