Na tua alma brincam cachoeiras
Meus olhos têm montanhas de querer
Para os teus olhos grandes e profundos.
E eis que choram tudo ao te dizer
Que os teus não chorem nem mais um segundo.
Se é teu o olhar que me compôs o mundo;
Se é dele o tom que me revela o meu,
Quando desabas nesses olhos fundos
Morre a esperança que nos conheceu.
Na tua alma brincam cachoeiras.
Da tua alma, vêm colher a minha
Outros templos, terreiros, catedrais.
Respira tua alma nela mesma.
Acalma as tuas águas irrequietas.
Por minha causa, e outras mais gerais.