TRAIÇÃO (soneto)

Sobre o meu ser, como sobre o poetar

Tirano fado, cai o senhor brutal engano

Como numa tarde de outono a desfolhar

Tomba a decepção num recital ao piano

Oh! dor do falto no silêncio a embalar

Solitário, tão sem sonho, no abandono

Minha trova, no pesar põe-se a chorar

A perfídia, acordando o inquieto sono

Oh! lastimar aqui neste meu ensejo

Que me vejo, nesta madrugada fria

Ter a alma como uma fé sem oração

Deixando a paixão sem amor e desejo

Tristonha, cabisbaixa, desiludida, vazia

Aos desmandos da desatinada traição...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

22 de janeiro de 2020, 04’55”

Cerrado goiano - Olavobilaquiando

- quem nunca!

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/N79Jx9uCSdE

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 22/01/2020
Reeditado em 23/01/2020
Código do texto: T6847578
Classificação de conteúdo: seguro