DE MÃO DADA COM O VENTO...
Exausta e gemedora, meio perdida,
eu caminho de mão dada com o vento.
O eco surdo traz de volta meu lamento
e caio em mim. Pondero a minha vida!
Reconheço o quanto me sinto dividida
entre optar pela leveza do esquecimento,
e sorver todo o prazer num só momento,
como se fora esse o da despedida...
E imagino uma sugestão de intimidade
através da doçura dum sorriso, dum olhar,
ou até mesmo, dum toque de sensualidade!
Mas quero evitar mais ilusões desfolhar...
Prefiro ficar com a minha dura realidade.
E secarei meu olhar, sempre que se molhar!