Querida Crueldade.
Tu és a noite que se passou
uma poeira talvez, somente
um sereno cá dentro da mente
um vento ralo que em mim soprou
Fostes o espinho que me penetrou
ate ferir-me a semente
a dor infinda cruelmente
o véu de gozo que se rasgou
Fostes o voos das agonias
num céu de nuvens feias sombrias
a ave má que não deitou pouso
a minha alma jaz amargurada
em qualquer canto está sepultada
talvez sem ti encontre repouso.