O canto eternal que vem das dores

O canto eternal que vem das dores,

quando caem as trevas no céu etéreo...

A Deus, eu ergo, os meus louvores,

silentes sem a harpa e o saltério.

Relembrando frias alvoradas,

vendo o astro p'los montes indo calmo...

Em conchas as mãos ao céu voltadas,

minh'alma cantas para ti um salmo.

Ó Deus, que me viste na desventura,

pecador aos céus clamando,

profundos os palmos da sepultura.

Deixai que ainda possa eu risonho,

ver tuas estrelas iluminando,

a abóbada celeste que vagas o meu sonho.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 25/12/2019
Código do texto: T6826809
Classificação de conteúdo: seguro