Pálida ia a vagar no céu etéreo
Pálida ia a vagar no céu etéreo,
meu sonho de branco lhe acompanhavas...
O astro que clareia o cemitério,
também a minha estrada clareavas.
E o dia, findastes, com tua sombra,
no peito, o sonho que não morreu...
Ó noite, que encanta e assombra,
quem te contemplas é apenas eu.
A lembrança que o peito acalma,
solitária em sua torre com as dores,
dobras o teu sino em minha alma.
Ai, por este céu partiu meu sonho,
contemplando eternos esplendores,
negro teu olhar me viste andar tristonho.